segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Carnaval - Uma festa pagã incompatível com o cristianismo

Quanto à comemoração do Carnaval (carnis valles - Prazeres da carne), deve-se resgatar sua origem, explicar aos alunos a história do evento e suas boas e más influências na vida da sociedade.

A historicidade dessa comemoração remonta à Grécia Antiga, quando se comemorava a fertilidade do solo, as colheitas, a abundância, ocasião em que se comia, bebia, e festejavam.

No entanto, houve a introdução da celebração ao deus do vinho e das parreiras, Dionísio, ou Baco, para os Romanos. Como a celebração era regada a muita bebida alcoólica, as festas em homenagem a Baco, acabava sempre naquilo que conhecemos hoje em dia como "bacanal". Dessa tradição surgiu a característica irreverente, vinculada aos prazeres do mundo: comida, bebida, prazeres mundanos.

A festa de origem grega foi rapidamente adotada pelos romanos e como a história de Dionísio conta que ele deveria ser criado como menina por Ino e Atamante, logo foi incluída na festa o hábito de inversão de papéis. Homens valentões festejando vestidos de mulheres, ricos e nobres vestidos de mendigos, promíscuos como decentes líderes religiosos e meretrizes como castas donzelas. Dessa tradição que se originou o hábito das fantasias que, naturalmente foi-se ampliando, não apenas com inversão de papéis, mas de fantasiar-se de animais, personagens de ficção, personalidades históricas, dentre outros.

Com a influência do cristianismo, a festa passou a ser mais contida, no entanto, a população sinalizava que não estava disposta a abrir mão dos festejos pagãos e profanos. Nesse contexto foi-se estabelecido que após as festas pagãs, houvesse a imposição de cinzas sobre as pessoas para que elas se recordassem de sua condição mortal, de que do pó viemos e ao pó voltaremos, seguindo-se, ainda, quarenta dias de jejum e abstinências (ovos, carne vermelha, orações) lembrando o período de quarenta dias (quaresma significa período de quarenta dias em latim) que Jesus jejuou. Nesse período propiciava-se a reconciliação com Deus após os abusos eventualmente cometidos no período de festas. O período de festas eram chamados de segunda-feira gorda, terça-feira gorda e quarta-feira de cinzas.

Dessa forma, o Carnaval deve ser ensinado como é de fato,  uma festa pagã, que não encontra lugar no verdadeiro cristianismo e, pelo fato de ser uma festa de busca ao prazer, ela encontra resistência por parte da população em não ser mais celebrada. Não é uma imposição do cristianismo como verdade e do carnaval como algo proibido, ou pecaminoso, mas de tratar o prazer dentro do contexto da responsabilidade e do considerado sadio, até para a própria segurança dos alunos.

Não que o Carnaval deva ser eliminado da sociedade, porque o prazer é necessidade humana das mais básicas, mas ensinar o que é prazer com responsabilidade e sem se desvalorizar enquanto ser humano, apontando ainda que se trata de um elemento estranho à cultura que foi adaptado, mitigado em alguns aspectos (sexualidade, exageros) e valorizado quanto a outros aspectos (alegria, danças festivas, música) para melhor se adaptar à essa realidade.

Boas dicas de atividades é fazer com que os alunos, principalmente os adolescentes, descrevam como seria uma festa de carnaval sadia e que não viesse a causar consequências gravosas para a própria segurança e a dos outros.

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