quarta-feira, 30 de abril de 2014

O livro negro do comunismo (link atualizado)

O livro negro do comunismo é uma obra de Stéphane Courtis e outros grandes e renomados escritores e historiadores que, além de explicaram com riqueza de detalhes, também trazem uma grande bibliografia.

Segue uma descrição contida dentro da própria obra

O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO não quer justificar nem encontrar causas para tais atrocidades. Tampouco pretende ser mais um capítulo na polêmica entre esquerda e direita, discutindo fundamentos ou teorias marxistas. Trata-se, sobretudo, de dar nome e voz às vítimas e a seus algozes. Vítimas ocultas por demasiado tempo sob a máquina de propaganda dos PCs espalhados pelo mundo. Algozes muitas vezes festejados e recebidos com toda a pompa pelas democracias ocidentais. Todos que de algum modo tomaram parte na aventura comunista neste século estão, doravante, obrigados a rever as suas certezas e convicções. 
 Encontra-se, assim, uma das principais virtudes deste livro: à luz dos fatos aqui revelados, o Terror Vermelho deve estar presente na consciência dos que ainda crêem num futuro para o comunismo. 
 Como um ideal de emancipação e de fraternidade universal pode ter-se transformado, na manhã seguinte ao Outubro de 1917, numa doutrina de onipotência do Estado, praticando a disseminação sistemática de grupos inteiros, sociais ou nacionais, recorrendo às deportações em massa e, com demasiada freqüência, aos massacres gigantescos? O véu da denegação pode enfim ser completamente destruído. A rejeição do comunismo pela maioria dos povos em questão, a abertura de inúmeros arquivos que ainda ontem eram secretos, a multiplicação de testemunhos e contatos trazem o foco para o que amanhã será uma evidência: os países comunistas tiveram maior êxito no cultivo de arquipélagos de campos de concentração do que nos do trigo; eles produziram mais cadáveres do que bens de consumo.  Uma equipe de historiadores e de universitários assumiu o empreendimento - - em cada um dos continentes e dos países envolvidos - - de fazer um balanço o mais completo possível dos crimes cometidos sob a bandeira do comunismo: os locais, as datas, os fatos, os carrascos, as vítimas contadas às dezenas de milhões na URSS e na China, e aos milhões em pequenos países como a Coreia do Norte e o Camboja

quinta-feira, 10 de abril de 2014

INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS – Por que fazer isso dessa forma?

Uma das mais correntes inquietações dos alunos é o famoso “para que isso?”. Para que aprender trigonometria, análise sintática, aritmética, geografia do Brasil, história antiga e medieval? Qual a utilidade disso? Qual a utilidade de modelos teóricos que não funcionam na realidade?

Dando um exemplo na Filosofia, enquanto se ficar analisando correntes filosóficas, enquanto se fica discutindo o que cada pensador acredita numa decoreba terrível, a filosofia não encontra sua utilidade.

Tanto a filosofia, quanto a trigonometria, análise sintática, enfim, todas as disciplinas e todos os conteúdos devem ser questões relevantes para se resolver um problema material da vida. Entender e saber lidar com o mundo.

Aprender Geografia vai ajudar a entender as diferenças étnicas e sociais existentes globalmente e
regionalmente, vai ensinar o futuro empreendedor que para ele abrir uma padaria na esquina só é viável se do outro lado da rua não existir outra padaria com clientela fiel. Aprender trigonometria em associação com a geografia vai ensinar a saber qual a distância mais curta para se chegar a um determinado ponto quando for viajar. Saber filosofia vai fazer com que as pessoas formem conceitos teóricos dentro da própria cabeça para que, quando se encontrar diante de uma determinada realidade, saiba o que é aquilo e como lidar naquela situação. Isso em colaboração com estudos sobre política vai fazer o aluno saber o que é um Estado, o que é o Direito e saber se, na realidade fática, ele está diante do Estado (Juiz, Ministério Público, Delegado de Polícia) e deve agir com o devido acatamento, ou se está diante de um profissional liberal (advogado, médico) que vai agir com o intento de ajuda-lo e não imparcialmente, talvez querendo condená-lo.

A História nos ensina a interpretar os sinais dos tempos, sabermos se o governo, o clima, a política, a ética, enfim, todas as relações sociais e todos os fenômenos da natureza, o que vem depois, quais as consequências de um governo tirano, como acaba um governo populista, qual a consequência do socialismo e do comunismo, bem como do capitalismo desregrado.

Ocorre que essas questões também são relevantes com relação ao próprio método. É hora de parar com discussões acadêmicas e teóricas, sobre se é bom os professores agirem como facilitadores (postura, aliás, que eu condeno veementemente), ou como autoridade dentro da sala de aula; se o professor conduz o aluno para que ele descubra, ou se o professor ensina.

O que tem que ser levado em conta é resultado. Parar de considerações ideológicas e discussões que teriam relevância se a conversa fosse em outro nível: na discussão de diretrizes educacionais pelas autoridades competentes, mas, ainda assim, só teria relevância essa discussão se fulcrados na realidade.

Dessa forma, o que se tem que levar em conta não é a teoria por trás de cada método, mas a prática. Por exemplo, o que o socioconstrutivismo fez pelo Brasil? As pessoas que aprenderam por esse método são o que hoje em dia? Qual a postura dessas pessoas diante de problemas reais que demandam tomadas de decisão? Como elas escrevem? Escrevem certo, ou errado? Quais cargos que ocupam? Qual o grau de humildade e arrogância, principalmente diante de uma autoridade, ou diante do Estado? Esses são alguns problemas reais que devem ser resolvidos, também pela educação que vem de casa, mas também com o ensino das escolas. Se o método de ensino não está dando certo, não seria certo mudar o método de ensino?

Agora que vem a questão chave: Se os alunos que possuem dificuldade acabam aprendendo por outro método que não o aplicado na sala de aula, não seria interessante aplicar o mesmo método com todos os alunos? Será que a aplicação desse método (alfabetização silábica, objetos concretos, situações problema) diferenciado como padrão não seria interessante para facilitar ainda mais o aprendizado dos outros alunos? Não seria interessante para que não houvesse segregação em uma sala de aula? Não seria interessante do ponto de vista daquelas informações no começo deste artigo?

Dessa forma, eu proponho essa postura de ceticismo, mas um ceticismo saudável, nos seguintes termos:

1 Quais os resultados práticos da aplicação de um determinado método de ensino? 2 Se não houveram resultados porque é algo novo, como que se aplica um modelo meramente teórico sem a devida pesquisa de campo anteriormente? 3 Se houve prévia aplicação em situações reais, por que é melhor do que aquele com o qual o professor está trabalhando agora?


Lembre-se sempre disso: você não está aplicando discussões acadêmicas, nem métodos, ou modelos
teóricos. Você tem um problema que é o aprendizado com disciplina e deve resolver esse problema da melhor forma possível. Da forma mais fácil, mais rápida e mais eficaz.

Parar de ter discussões teóricas, inquietações acadêmicas e aplicar aquilo que dá resultado, essa a a idéia, o fim, a utilidade da educação, porque uma atividade sem resultado não pode ser tica como eficaz. Não vale a intenção, o esforço. Algo muito sério está em jogo e premiar o que está bem colocado, repreender o que está errado e fazer com o que está errado volte ao caminho certo é uma atividade de ensino e não de mera facilitação.